sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Monografia:UM MÉTODO SEM METODOLOGIA: DE BOM LEITOR AO BOM ESCRITOR


Monografia
Coloco aqui minha monografia para aqueles que têm dificuldade de elaborar a sua. é uma monografia pronta, acabada e aprovada. serve como um referencial.   



FACULDADE DE TEOLOGIA HOKEMAH - FATEH
CURSO DE PÓS – GRADUAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO COM ÊNFASE EM LINGUA PORTUGUESA




CLÁUDIO FONTANA TELES DE CARVALHO









UM MÉTODO SEM METODOLOGIA: DE BOM LEITOR AO BOM ESCRITOR













Vitória do Mearim,
2011





FACULDADE DE TEOLOGIA HOKEMAH - FATEH
CURSO DE PÓS – GRADUAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO COM ÊNFASE EM LINGUA PORTUGUESA




CLÁUDIO FONTANA TELES DE CARVALHO









UM MÉTODO SEM METODOLOGIA: DE BOM LEITOR AO BOM ESCRITOR













Vitória do Mearim,
2011



CLÁUDIO FONTANA TELES DE CARVALHO










UM MÉTODO SEM METODOLOGIA: DE UM BOM LEITOR AO BOM ESCRITOR



Monografia apresentada à Faculdade de Teologia Hokemãh, para a obtenção do grau de Pós-Graduação em Metodologia do Ensino Fundamental e Médio com Ênfase em Língua Portuguesa.

Prof. Orientadora: Lilia Brito Almeida.
                                                               








Vitória do Mearim
2011











SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................
2 EXERCÍCIO DEIMAGINAÇÃO PARA O BEM ESCREVER....
3 LEITURA: INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE TEXTO..........
4 SUGESTÕES DE MÉTODO............................................................
5 LÍNGUA PORTUGUESA E O ENSINO.........................................
6 É PRECISO LER ANTES DE DOMINAR O ALFABETO..........
7 A BOA LEITURA..............................................................................
8 A LINGUAGEM ESCRITA......................................................................
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................
REFERENCIAS...........................................................................................



 

MÉTODO SE METODOLOGIA: DE UM BOM LEITOR AO BOM ESCRITOR

Cláudio Fontana Teles de Carvalho


RESUMO

    Considerações sobre o processo de aquisição da boa leitura adquirida pela prática de ler. Como também dessa boa leitura é possível surgir o bom escritor. Demostrando que o bom escritor contemporâneo é aquele que escreve com liberdade de pensamento. Para se adquirir a boa leitura e escrita far-se-á um ligeiro enfoque sobre como atingir a boa leitura e consequentemente a boa escrita pelos métodos já conhecidos e outras inovações delas possíveis. Leitura e escrita são tratados aqui como habilidades e capacidades indispensáveis para a sobrevivência social contemporânea. Procuramos nortear o professor e o aluno no processo Ensino-Aprendizagem a partir de um referencial capaz de abrir novas técnicas do bem ler e escrever assim como o gosto – que sem ele nada se ler e se escreve - pela leitura e a escrita. Fazemos um ligeiro enfoque no conteúdo lido nos livros didáticos atuais. Procurando sempre mostrar a importância do rigor cientifico como principio do conhecer.





ABSTRACT

Considerations about acquisition of good Reading practice acquired by reading. Good read but also that possible to come up the good write. Demonstrating the good contemporary write is one who writes with freedom of thought. To acquire good reading and writing far will a slight focus on how to achieve good reading and good writing  accordingly by methods already known of these and other innovations possible. Reading and writing are treated here as skills and abilities necessary for social survival today. We seek to guide the teacher and student in the teaching-learning process from a frame capable of opening new techniques of good reading and writing as well as the taste – without it nothing to read and write – for reading and writing. We make a slight focus on content read in textbooks today. Always trying to show the importance of scientific rigor as principle of knowledge.

Keywords: Reader, Writer, Language.


1 INTRODUÇÃO

    Só se aprende escrever escrevendo, só se aprende a tomar gosto pela leitura lendo, mas a leitura antecede a escrita. Partindo do principio de que todo conhecimento é empírico como sugere Locke, contrapondo o inatismo dos filósofos platônicos, ninguém nasce sabendo. Mesmo que pudéssemos afirmar com certeza que o homem traz o gene de manipulação, só na experiência teria sido possível conhecer o fenômeno. A bioética já mostrou que a clonagem é só aparente.  Afinal de contas, como disse Heráclito, não nos banhamos duas vezes no mesmo rio. E é nessa experiência do devir que nasce o escritor. Experiência de criar uma nova leitura ao texto. Torna o real mais real ou mais ideal. Conta a historia como foi ou como deveria ter sido. No problema de ser e não ser é resolvido em um ser em perene mudança como um rio que não é mais o mesmo. Nessa perspectiva cabe aqui a pergunta: ler ajudar escrever? Lógico. Quem poderia negar com certeza a tese contraria? Recorremos sempre, para fundamentar nossa tese, a uma autoridade, um especialista no assunto. É uma conveniência que dependendo do aspecto pode não ajudar. Giordano Bruno foi feliz quando disse:
“nunca deve valer como argumentos a autoridade de qualquer homem, por mais excelente e ilustre que seja... É sumamente injusto submeter o próprio sentimento a uma reverencia submetida a outros; é digno de mercenários ou escravos e contrario a dignidade humana sujeitar-se e submeter-se; é uma estupidez crer por costumes inveterados; é coisa irracional conformar-se com uma opinião devido ao numero dos que a tem... É necessário procurar sempre, em compensação, uma razão verdadeira e necessária... e ouvi a voz da natureza.”

                                                     Giordano Bruno.  In Rodolfo Mondolfo, Filosofia da Renascença.
                                                                                                               São Paulo, Mestre Jou, 1967.


    Mas é preciso recorremos a eles, é inevitável. Em se tratando de ler e escrever, nada mais coerente que apresentar textos que se referem a prática de leitura e escrita. Sandra Aparecida da silva disse que:

 “Os olhos do leitor sustenta a mão do escritor. A leitura e a escrita estão intimamente ligadas porque a primeira nutre à segunda. É praticamente impossível que um leitor sensível não se torne um bom escritor [...]. finalmente, no dialogo linguístico, o leitor encontrará o sêmen que fecundará a criação transfigurada na escrita. Assim, podemos dizer que a leitura é mestra-mãe da escrita, ela alimenta em seu seio o texto que nasce.”

    É de perceber que pela lei da causa e efeito um antecede o outro. A causa do bom escritor é, consequentemente, o bom leitor. A leitura é a mãe-mestra da escrita. Leitura e escrita, quando unida, são indissociáveis. Pode-se também ser um bom leitor sem necessariamente ser um bom escritor ou até mesmo nada escrever. Se assim não fosse, todo bom leitor seria naturalmente um bom escritor. Mas não se é um bom escritor sem que antes fosse um bom leitor.
    Leandro Veiga Dainesi diz que ler e escrever: são atitudes indissociáveis e complementares. Lemos [...] escrever, então, é o próximo passo. O primeiro passo para ser um leitor é abrir um livro; o primeiro passo para ser um bom leitor é ler o livro que abriu. Então, chegado essa fase já terá dado o primeiro passo para ser um bom escritor. Tudo que sabemos de tempos imemoriáveis vem da escrita. Nossa historia é lida e escrita. A escrita foi uma forma de nos comunicarmos com o futuro. O passado é um presente do futuro quando escrito. A escrita é a eternidade humana. Nunca foi possível criar algo mais eterno do que a escrita.  Dainesi define bem essa dependência da escrita ao ato de ler quando dize que a escrita não existe sem leitura. No entanto, mas que apenas ler, escrever é uma das prova de que, um dia, existimos.
    Ler bem requer habilidade que só é adquirida com a prática de muitas leituras. Maria Teresa A. Campos diz que quem ler muito torna se um bom leitor, mas não necessariamente um escritor competente. Caso contrario, bastaria a escola trabalhar uma lista de livros e cobrar as leituras em avaliações.  A prática antecede a habilidade e esta se transforma em capacidade. Pode ser hábil no ler, mas incapaz de ser um bom leitor que só é adquirida no hábito de ler. Ler sem imposição, mas de forma espontânea. A referida autora afirma que escrever bem depende fundamentalmente de uma leitura crítica do mundo, de um interesse real pelas coisas. Não raros lemos sobre grandes escritores e cientistas que se deram melhor lendo em casa do que indo a escola. Isso porque leu. A leitura, quando é um habito, pode substituir a escola. Muito embora as primeiras sílabas fossem adquiridas por um professor. E essa postura é possível no adolescente? Maria Tereza diz que sim. Ela afirma que a escola tem apenas parte de responsabilidade nisso. Porque adolescente que em sua vivencia não elaboram suas próprias experiências terão menos chance de se desenvolver na escola. Vemos pessoas que nem mesmo conhece uma letra do nosso alfabeto, mas, no entanto, é bem sucedido como empresário ou como artesão. Mas esse “bem sucedido” é entendido como subsistência porque um artista como Leonardo da Vince não chegaria a produzir e eternizar suas artes sem o conhecimento intelectual que tinha. Leitura de mundo. Seria o mesmo que dizer que ler não adianta nada. Cairíamos em contradições porque seria ingenuidade dizer que ler não adianta nada. Mas também, a leitura tem que nos possibilitar um dialogo sobre o qual pensamos.
    Na crônica, Pausa, de Mário Quintana, lemos no primeiro capitulo ele afirmando o seguinte: “ A verdade é que minha atroz função não é resolver e sim propor enigmas, fazer o leitor pensar e não pensar por ele.”
    Na verdade Mário Quintana não quis dizer com isso que toda leitura deva ser um complicado enigma, uma laboriosa decifração, mas só quis dizer que a leitura deva ser uma provocação para quem ler. Isso nos mostra a importância do papel desempenhado pelo leitor com o texto que está lendo. O leitor tem uma relação subjetiva do texto e ela pode suscitar que ele não só concorda, mas discorda em parte ou no todo. E sendo assim, pode, como se ver na internet, um internauta comentando sobre um vídeo no You Tube ou criando um novo vídeo para reforçar a tese ou refutá-la. Assim também é o leitor de um livro que escreve outro livro a partir daquele lido, refutando ou não. Nasce aí um escritor. Mas por quê? Porque leu. A leitura precisa ser provocadora. Enumeremos abaixo as possíveis relações que provoca uma obra no leitor:

• A obra literária constitui uma estrutura significante. Os seus significados só se concretizam no momento da leitura.
• O leitor, por sua vez, não é um elemento passivo nem apenas recebe “coisas feitas”. A ele compete tornar vivos os significados que existem potencialmente na obra.
• A leitura, portanto, também consiste em um ato criativo. E é desse ato criativo que o bom leitor pode, a partir do texto lido, criar um novo texto.
    Fica evidente, pelo exposto acima, que por não ser o leitor passivo, ele age tornando os significados vivos e faz isso escrevendo ou não.

2 EXERCÍCIO DE IMAGINAÇÃO PARA O BEM ESCREVER
   
    Há muitos exercícios e jogos que nos propiciam o desenvolvimento da linguagem. Eles nos ajuda a perder o medo de nos expressar por meio da escrita e a descobrir o gosto de escrever com liberdade – na verdade, esse gosto pela leitura tem sido um tabu para professores e alunos - São atividades para estimular a fluência de palavras e de ideias. Como por exemplo, criar um texto a partir de um mote dando continuidade ao pensamento ou uma enumeração.
    A enumeração é uma técnica das mais ricas para escrever livremente e constitui um dos mais importantes recursos utilizados na literatura, principalmente na poesia moderna. Tomamos por exemplo esse poema de Bertolt Brecht:

Prazeres
O primeiro olhar da janela de manhã
O velho livro de novo encontrado
Rostos animados
Neve, o mudar das estações.
O jornal
O cão
A dialética
Tomar ducha, nadar
Velha musica
Sapatos cômodos
Compreender
Musica nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar
Ser amável.
                  Bertolt Brecht. Poemas e canções. Coimbra,
                                                   Livraria Almedina, 1975.

    Esse é um tipo de texto enumerativo. O autor emprega algumas enumerações do seu cotidiano e que, a partir de cada enumeração pode se criar um texto devido às inúmeras possibilidades. No texto enumerativo empregam-se elementos que dificilmente aparecem em redações tradicionais: “toma ducha”, “sapatos cômodos”, por exemplo.
    A enumeração é uma forma concreta de escrever: consiste em listar coisas, fatos, lembranças, emoções, desejos, sensações de nova vida, dia-a-dia, da nossa historia.
    Outro aspecto interessante dessa técnica está na possibilidade, repito, de se alterarem livremente certas sequencias do texto, sem prejuízo do sentido. Isso quando se quer da sequencia as enumerações criando, assim, um texto mais extenso ou mais conciso, condensado.
    A enumeração pode ser extraída nas diversas modalidades de textos. Porque ela pode também funcionar como recurso auxiliar na preparação e organização de qualquer modalidade de texto. É que tanto podemos utilizar a enumeração para apresentar as características de objetos e pessoas ou contar uma historia, como para expor ideias e defender um ponto de vista sobre um assunto. Trata-se, portanto, de um recurso estilístico.
   Vejamos as já bastante conhecidas e, que na verdade, são as três principais modalidades de redação:
Descrição: apresentação de características.
Narração: desenvolvimento de uma historia.
Dissertação: exposição de ideias e defesa de um ponto de vista com argumentos.
   Vale lembrar que o exercício constante é que permite um melhor resultado. Essa é a regra básica para a perfeição. Treno... Treno... Treno...

    Citaremos alguns jogos lógico-expositivos. Esses jogos permitem nos expormos ideias, desenvolver o raciocínio dissertativo. Vamos mostrar alguns, com os quais podemos certamente enriquece-la com seu repertório de possibilidades lógicoexpositivas, elaborando seu texto com mais liberdade:
Definição consiste em começar escrevendo uma definição do tema, para atribuir maior clareza e objetividade ao texto.
1 Crença é...
2 A crença se caracteriza como...
3 Uma crença é aceita quando...
4 Somente podemos dizer que algo existe se...
Em seguida, expõe-se o ponto de vista e segue-se o processo dissertativo já sugerido.
Comparação consiste definir o tema por comparação.
1 Crença é como...
2 A crença é semelhante a...
3 A crença parece-se com... Lembra...
   Depois de estabelecer a comparação, faz-se um breve comentário interpretativo sobre ela, explicitando, a própria visão do assunto.
Citação consiste em iniciar o texto com uma citação relativamente ao tema. Pode ser uma frase interessante já consagrada ou não, um verso, um aforismo, um fragmento etc.
  O ideal é que a citação seja feita de modo clássico: entre aspas, reproduzindo exatamente as palavras do autor e com a indicação da fonte de onde foi retirada. Em seguida, faz-se uma pequena analise um breve comentário a respeito da opinião citada, expondo, ao mesmo tempo, o próprio ponto de vista sobre o assunto.
Histórico consiste em explanar o tema através do tempo.
1 antes a crença era “X”; agora é...
2 Ontem, a crença era “X”; hoje é “Y”; amanhã será...
  Prepara-se uma espécie de rápido retrospecto da evolução que se quer demonstrar ou uma breve retrospectiva acompanhada de uma prospectiva.
Depois do histórico, apresenta-se a tese e inicia-se a argumentação.
Exemplo consiste em escolher um fato-exemplo expressivo para iniciar o texto. Em seguida, faz-se uma analise interpretativa desse exemplo - que poderá ou não ser retomado mais adiante – revelando a visão que se tem sobre o tema.
  Iniciar uma dissertação a partir de um exemplo da concretude e comunicabilidade ao texto.
Estatística consiste em apresentar, no começo do texto, um dado estatístico esclarecedor sobre o tema. O procedimento é semelhante aquele em que se inicia o texto pela exemplificação.
Resumo consiste em iniciar o texto com seu resumo, ou seja, o resumo daquilo que se pensa sobre o tema. Começar um texto com um resumo daquilo que se pensa sobre o assunto é uma outra possibilidade de se iniciar o texto. O começo da dissertação funcionaria, assim, como uma espécie de índice, de sumario do texto, em que se apresentariam de modo sintético o tema, o ponto de vista e a argumentação.
1 A crença é “X” porque “Y”...
2 A crença se  deve a três fatores: a, b, e c.
  Nesse ultimo caso darei um exemplo. Suponhamos que queremos definir logo o que seja uma religião. Então: religião se deve a três fatores: garantir, crer e converter.
 A partir desse resumo parte-se para a argumentação.
Pergunta consiste em fazer uma pergunta, um questionamento sobre o tema ou sobre o algum aspecto dele. Essa é uma forte forma de se iniciar uma dissertação.
Transformando o tema em uma interrogação, naturalmente já se organiza o desenvolvimento do raciocínio: ao responder a pergunta, apresenta-se, ao mesmo tempo,  a visão que se tem do assunto.
  Essas diferentes sugestões são algumas das possibilidades de apresentação de ideias, que podem aparecer em inumeráveis combinações diferentes. Podendo haver uma mesclassem entre elas.
Não esquecendo de que esses modos de exposição de ideias podem aparecer também no desenvolvimento ou na conclusão da dissertação. Sugerimos que ativem na introdução porque é o inicio do texto que delineia a organização logica das ideias e que determina a sequencia do raciocínio.

3 LEITURA: INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE TEXTO

Para a compreensão do conteúdo de um dado texto, precisamos apurar nossa sensibilidade e nossa inteligência de leitores para desenvolver a capacidade de escrever. Para isso é necessário:
• Ler identificando a ideia do texto.
• Ler percebendo o tipo de texto que estamos lendo e o modo como foi organizado.
• Ler estabelecendo relações entre o que estamos lendo e o que pensamos.
• Ler tirando conclusões sobre o que lemos.
Um dos melhores exercícios para desenvolver a capacidade de entender o que se lê é fazer um resumo do texto. Reproduzir as ideias principais do que lemos em algumas linhas, com as nossas palavras.

4 SUGESTÃO DE MÉTODOS

• Fazemos uma primeira leitura do texto, para entrar em contato com as ideias, para ter uma primeira noção do conjunto.
• Em seguida, realizamos uma segunda leitura, anotando, numa folha avulsa, os momentos mais significativos e as ideias principais do texto.
• A partir do que anotamos, fazemos então o resumo. É importante procurar ser o mais fiel possível ao pensamento do texto. Resumo não é comentário. Ao comentar, damos nossa opinião sobre as ideias lidas, o que pensamos sobre elas, se estão de acordo ou não com elas, explicando o porquê. Já resumir é interpretar e condensar, ou seja, reproduzir o conteúdo do texto, de modo sintético, em poucas palavras. Podemos até ser conciso no limite. Evitando sempre a prolixidade e redundância. Não é uma formula fixa, mas um resumo deve ter, no máximo, por assim dizer, 1/4 ou 1/5 do texto original, sendo escrito de preferencia com sua própria linguagem, ou seja, sua maneira que lhe é peculiar de escrever e procurando os sinônimos em busca de uma linguagem mais clara, evitando assim a ambiguidade.
• Depois do resumo feito, procure dar um titulo ao texto. O titulo deve ser uma espécie de síntese interpretativa que pode ser feita a partir do conjunto das ideias apresentadas no texto ou das que forem as mais significativas.

5 LÍNGUA PORTUGUESA E O ENSINO
   
    Ensinar as crianças a ler, a escrever e se expressar de maneira competente na língua portuguesa tem sido um imenso desafio dos professores do ensino fundamental. Conquistas  tem sido alcançadas como atualização de professores, remodelação de conteúdos, mas há muito o que fazer. Haja vista o numero de repetência e de abandono nas nossas escolas que chega a ser um dos mais altos do mundo. E se dá porque a escola tem encontrado dificuldade de ensinar a ler e escrever.
    Os PCN propõem que, ao longo das oito series do ensino fundamental, os alunos devem as seguintes habilidades:
• expressar-se em diferentes situações: em caráter privado, ou seja, com a família e os amigos, ou em publico, na apresentação se um trabalho em classe ou numa solenidade escolar.
• Saber expressar-se de diferentes maneiras. Ou seja, usar a linguagem adequada a cada ambiente: a coloquial, em situações de intimidade; ou a formal, que utiliza a norma culta (valorizada socialmente), em situações cerimoniosas. Por exemplo, numa entrevista seja para emprego ou outra qualquer é diferente de um papo em um bar ou pizzaria.
• Conhecer e respeitar as variedades linguísticas do português falado. Levando o aluno a compreender a dimensão continental do Brasil e suas culturas diversas regionais com seus sotaques peculiares.
• Saber distinguir e compreender o que dizem diferentes gêneros de texto. Uma carta, uma poesia, um romance, uma bula de remédio, um texto jornalístico, todos com com um vocabulário próprio.
• Entender que a leitura pode ser uma fonte de informação, de prazer e conhecimento. Ela dá acesso as informações necessárias para o dia a dia e aos mundos criados pela literatura e a ciência. O aluno deverá saber, ainda, como recorrer a diferentes materiais impressos para atender a diferentes necessidades. Para obter informação sobre um filme, usa-se o jornal. Para obter o significado de uma palavra usa-se o dicionário. Para uma pesquisa de historia usa-se uma enciclopédia.
• Expressar seus sentimentos, experiências ideias e opiniões individuais; como também ser capaz de ouvir, interpretar e refletir sobre as ideias dos outros, sabendo contrapor-lhes suas próprias ideias. Quando descreve, em classe, um fato ocorrido na rua, o aluno está treinando tal habilidade.
• Ser capaz de identificar os pontos mais relevantes de um texto, organizar notas sobre esse texto, fazer roteiros, resumos, índices e esquemas. A partir de trechos extraídos de fontes diferentes, o aluno deve saber compor um novo texto coerente. Em resumo, transformar a linguagem em um instrumento de aprendizagem, que lhe dê acesso e meios de usar as informações contidas no texto que lê.
• Ser capaz de identificar e analisar criticamente os usos da língua enquanto instrumento de divulgação de valores e preconceitos de raça, etnia, gênero, credo ou classe. Quanto ao preconceito, sou testemunha em minha escola que tenho obtido evolução nesse sentido na pratica posto que sou ateu e meus alunos não mais ver essa situação constrangedora como no inicio. As aulas são prazerosas e muitos divertidas, mas não foi assim quando não sabia minha posição quanto a religião.

6 É PRECISO LER ANTE DE DOMINAR O ALFABETO
   
A tradição ensina: alfabetizar é tratar da linguagem escrita e ensinar o Português é treinar os alunos a apresentar graficamente a fala pela combinação das letras do alfabeto. Na verdade é muito mais do que isso. Falar e escutar, além de ler e escrever, são ações que permitem produzir e compreender textos. cabe a escola desenvolver também a linguagem oral de seus alunos. Aprende-se a falar fora dos bancos das escolas, mas na sala de aula é possível mostrar as falas mais adequadas e eficientes nas diferentes situações cotidianas.
    O ensino de língua portuguesa na escola tem sido tema de debate acerca de melhorar a qualidade da educação no Brasil. O eixo de discursão tem sido o fracasso escolar no que se refere à escrita e a leitura. Logo na introdução de Caracterização da área de língua portuguesa, da conta de que os índices brasileiros de repetência nas séries iniciais – inaceitáveis mesmo nos países mais pobres – estão diretamente ligados à dificuldade que a escola tem de ensinar a ler e a escrever no ensino fundamental menor. E, isso se reflete nos alunos universitários que não compreende os textos propostos para a leitura e organização de ideias por escrito de forma legível que levou as universidades trocar os testes de múltipla escolha dos exames vestibulares por questões dissertativas e não só aumentar o peso da prova de redação na nota final como também dar-lhe um tratamento eliminatório. Não eliminamos, por enquanto, os avanços conseguidos empiricamente, nem o inatismo da natureza vital eliminando de uma vez por todas o conjunto de habilidades psicomotora que produz indelevelmente, condições necessárias para aprender ler e escrever. A experiência, o treno, ainda é e, será sempre uma necessidade para a perfeição em sentido absoluto. A técnica compensa a falta de dom. Não resta duvida, portanto, que a pratica compensa a falta de dom.
                                              
7 A BOA LEITURA
   
    A boa leitura é aquela que nos permite olhar, pegar e sentir o objeto descrito por todos os ângulos e seu interior. A língua tem múltipla possibilidades que é impossível transmitir isso em palavras, posto que é dinâmica e requer muitos recursos que ao escrever não pode ser transmitido. A fala oral presencial é insuperável pela escrita ou qualquer outra forma de expressão, mas é a escrita que mais se assemelha. O mundo para os homens é falado e falante. “Nossa existência mais comum está totalmente imersa num universo falado e falante” diz Madeleine Arondel-Rohaut.  Nesse universo falado e falante pode dizer tudo ou nada para nós. Suas ambiguidades, sua semântica contextual, seu singular e os plurais.

“... pois afinal nossa educação, por certo, mas também nossas escolhas, nossos hábitos, mas também nossos desejos, nosso meio, mas também nossas fantasias pessoais, nossas aprendizagens, mas também nossas inovações... todos habitam com suas múltiplas significações esse universo verbal e modela o menor anunciado.”

    Cabe ao bom leitor identificar a ideia do texto. Seja ela de uma frase única. O que requer em uma pratica pensante. Sem o estudo do método vamos colocar uma frase qualquer: “Estar caído por alguém” o leitor identifica o numero de palavras como sendo quatros. Pode estudar suas relações sintáticas e sua estrutura dividindo as em classes como é tradicionalmente concordado. Mas de cara já diria que se trata de alguém apaixonada. De foto, esse é o primeiro sentido tendo em vista o que se diz hoje habitualmente como ele estar apaixonado por alguém ou ele estar de quatro em um meio termo não totalmente caído. Pegamos os dois verbos em sua forma nominal infinitivo e particípio “estar caído” pensamos que algo permanece no chão. Mas isso é bom ou ruim? Porque se algo “estar caído” é porque esteve em pé. E parece que esse “estar caído” deveria estar em pé. Se assim fosse, seria uma coisa ruim “estar caído”.  Negativamente, para uma pessoa estar caída é um estado de rebaixamento. Mas “estar caído por alguém” pode ser uma elevação quando se estiver apaixonado.  É de proposito que alguém se apaixona? Se for a queda é positiva. Se for como uma pedra no caminho que na qual não pode evitar é ruim. Isso que dizer que o caído é dependente dessa queda. A força da gravidade ou uma doença não permite que levante, é mais forte e com isso a perda da dignidade, um bem maior humano. Que essa paixão é uma necessidade para que alguém caia nesse sentimento inevitável. Podemos nessa frase encontrar logo seu significado imediato que de aguem que estar apaixonado por alguém, mas que antes não estava e resta saber se isso é bom ou ruim. Pela clássica filosofia do amor passivo e negativo porque o apaixonado estar  por baixo, perdeu o controle da situação e o autocontrole. Sente-se agarrado e desgarrado e sem saber o que fazer.  Mas podemos ver por outro ponto de vista como a velha e boa oposição e a frase ‘não está apaixonado’ é uma falta. Porque há quem ver na paixão algo que êxtase e enleva, que leva para as nuvens, que leva para o paraíso que graça o qual a vida faz sentido. Tem felicidade, pois a vida é mais prazerosa.
    Essa é uma pequena demonstração de que como uma simples frase pode nos fazer meditar. Suscitar essa visão no aluno é conduzir a uma leitura apurada.
 O professor não pode cair no erro de impor a leitura. A leitura não deve ser imposta. Nada pode ser imposto. O professor tem a missão de provocar e esse é o método correto de ensinar.  Assim ouvi Rubens Alves falar em um vídeo no You Tube:
 “... Eu estou pensando... há muito tempo em propor um novo tipo professor. É um professor que não ensina nada porque as coisas já estão na internet, mas um professor que  ensina a pensar... criar na criança essa curiosidade... o que o professor fala provoca na criança a alegria de pensar... não mandando ler, mas lendo.  Quando  o professor manda já estragou.  Tem que criar o gosto pela leitura. Provocar o gosto pela leitura não é  mandando ler, mas lendo.  A missão do professor não é dar a resposta pronta; a missão do professor é provocar a inteligência, o espanto, a curiosidade.”

O aluno já é uma pessoa, por si mesmo, quando é capaz de tomar decisões pessoais, sentindo-se, por elas, responsável, pois adquiriu um espirito critico adaptou-se com mobilidade e inteligência a novas situações problemáticas. Compartilha e cooperam com afetividade as outras pessoas na escola e fora dela no campo de extensão.  Esse trabalho é em termos de seus próprios objetivos e não para obter aprovação dos outros. Afinal de contas o que é o homem senão pensamento? O ato de “pensar” é o eixo da aprendizagem. “O homem é como um caçador sempre em busca de uma presa em fuga, porque sua mente, se de um lado pode conceber Deus como perfeição absoluta, de outro, é totalmente incapaz de preencher com conteúdos positivo essa ideia de perfeição” teria dito Nicolau de Cusa.
Muito do que se chamam pensar é, apenas, um circulo vicioso, logo, estereotipado,  ou uma dissociação com a tarefa, ou seja, pensar que não antecede e nem segue a atividade mas a substitui. Estas distorções na forma de pensar não se devem unicamente ao psicológico, ao individual, mas a padrões culturais inculcados pela organização socioeconômica vigente. É nada mais do que um arsenal ideológico para fomentar e elementarizar o processo de pensamento, retirado da logica formal. Em contraposição, a logica dialética fornece a possibilidade do pensar espontâneo e criativo não estereotipado, porque não controlado e bloqueado. Então, pegamos ao pé da letra o nosso Freud e operamos no oferecimento de condições para pensar e fantasiar com liberdade, levando ao aprendizado da ação, ou do fazer segundo o que se pensa e do pensar segundo o que se faz, enquanto se faz. E a escrita deve ser espontânea. O problema aqui é as limitações de alguns conservadores e autoritários que precisa de educação. Caso inusitado do Joãozinho que não descobriu o Brasil e não mentiu. A liberdade implica na tarefa dos grupos operativos elimina a necessidade de pensar com rigor de linguagem e de técnica, devendo-se suprimir tudo o que dificulta ou distorce a comunicação. Esta liberdade também inclui a ativação daquilo que cada pessoa traz dentro de si, considerando-se que todos têm riquezas de experiências, pelo simples fato de estarem vivos. Assim, o grupo é que deve estabelecer seu próprio objetivo e suas próprias descobertas, a partir do que cada um vai revelando de si próprio. Abandonar as estereotipias, num clima de liberdade, cria, no entanto, muita ansiedade e o medo de cair na loucura e na fantasia, pela perda do controle e da rigidez, por se ver a pessoa lançada numa corrente de possibilidades. No grupo deve-se este medo da loucura e do descontrole, ensinando-se a aceitação de jogar com o pensamento e com o trabalho, podendo tirar prazer de ambos. Cabendo ao coordenador do grupo remover as estereotipias um nível ótimo de ansiedade, nem demais, (paralisação) nem de menos (improdutividade) e para tal é preciso aprender a suportar certos momentos de ansiedade e confusão, iniludíveis ao processo de aprendizagem, superando-se as, removendo-as, a seu tempo. Todo processo de aprendizagem implica enfrentar o desconhecido, e, este, na fantasia, é sempre “perigoso”, ameaçando o grupo que se ve invadido pela informação, tema. Por outro lado, aprender também implica abandonar o conhecido, que o causa certa depressão.  Por vezes também, a quantidade de informações pode levar a mobilizar muita ansiedade, chegando à confusão, a qual deve ser dosada com a ajuda da razão natural. Então operamos em três reações: momento de perseguição do novo, momento de depressão pela perda do antigo e momento de confusão pelo acumulo de informações indiscriminadas. Portanto não se investiga e nem se investiga sem passar por uma ansiedade e desorganização. Fazer da ordem o caos e do caos a ordem.  A capacidade de assombra-se, de angustiar-se e de tornar estranho o já conhecido são vicissitudes da verdadeira aprendizagem. Isto requer postura constante de investigação. Por que a ansiedade e a confusão? Porque o não fechamento de uma situação tende a gerar ansiedade e confusão.

 Do que foi dito acima podemos ter um aluno é autônomo que corresponde as leis, diretrizes e bases da educação. Mais do que contemplar parâmetros, contempla a vida, fundamento maior de nossa existência. Não se vive para aprender melhor, mas aprendemos para melhor viver. “os melhores preferem uma única coisa em relação a todas as outras: a gloria eterna em confronto com as coisas passageiras. A maioria, no entanto, pensa somente em se satisfazer como animais.” Diz Heráclito.
 Ele é senhor de si. Pesquisa, busca, responde, pergunta, pensa. Todos os homens pensam, brincam de saber. Aquela aula de bagunça pode ser mais prazerosa quando se troca conhecimento. Compartilha. Seja por meu eletrônico, seja por outra forma de comunicação.
Nada de dogmas imposto as crianças e juventude se a filosofia é resumida em dogmas e ideais, preferível é, para a juventude, o idealismo, posto que esse é a filosofia da liberdade típica da juventude.

8 A LINGUAGEM ESCRITA

    Ler e escrever são atividades que se completam. Os bons leitores têm grandes chances de escrever bem, tendo em vista que a leitura é a matéria-prima da escrita. Quem ler mais tem mais vocabulário, conhece melhor o gênero do texto que está lendo, se uma  epopeia clássica, se se tratando da epopeia de Gilgamesh, situa no tempo, ou a Odisseia, ou Harry Poter. Se se trata de ficção cientifica ou um conto. Sabe se o livro é didático ou qualquer gênero pela pratica da leitura. A profundidade permite ser um critico teórico literário, um linguista, um gramatico, permite ir mais fundo e teorizar. A partir da leitura teórica da linguagem de nomes consagrados como de Saussue e outros. E é essa critica profissional que nasce a necessidade de compartilhar sua descoberta. É do espanto que nasce o bom leitor. Assim como a leitura lhes trouxe bons resultado disso pela pratica, é pela pratica de escrever que se adquirirá a boa escrita. Aí, será critico de si mesmo como escritor o que faz com que ele corrige sua própria escrita e foge das amarras da gramatica “certa” e ganha seu estilo natural da gramatica adequada de se comunicar via escrita. Como um leitor, não é mais só passador de vista em textos. Ler além das entrelinhas e os símbolos subjacentes e os gestos corporal que o autor fez ao escrever. Faz ler aquela historia que o escritor ocultou porque lhes faltou recurso ou que propositadamente quis da um valor estético ao texto. Assim do bom leitor nasce um bom escritor que libera seu pensamento na escrita com a suavidade de quem ler seu autor preferido. Será também um escritor preferido de alguém. Chegamos então a finalidade do texto que é ser lido. O bom escritor não é o poeta, sabemos que esse é bom, mas o digitador de oficio, requerimento, carta, tratado, ensaio, monografia. Mas esses textos de tão bons podem ter neles um espirito poético para atingir a informação e a emoção no mundo da realidade, o dia-a-dia. Assim como o bom leitor trás o mundo do escritor para seu mundo e o contextualiza e sente essa necessidade de passar o seu mundo para o seu leitor.
A televisão e a internet oferecem infindáveis possibilidades de se ensinar e aprender. A televisão é mais imagem e fala oral, já a internet é mais escrita e imagem e por isso mesmo não deve ser um recurso aplicável. Podemos ter opiniões contraria, mas se nos detivemos um momento nesta questão talvez possamos perceber como somente aulas expositivas, com professor na frente e os alunos todos sentados, bem ordenados é algo simplesmente enfadonho, chato e sem nenhuma potencia para fazer nossos jovens desejarem conhecer. O desejo de conhecer é algo que deve ser construído no cotidiano do processo educativo, mas para isso é preciso que tenhamos um mínimo de empatia com os jovens que frequentam nossas aulas. E, queiramos ou não, a maioria deles reage a que isso está acontecendo na televisão e nas revistas baratas que falam sobre personagens e atores televisivos. Ou revisamos nossa praticas cotidiana, mesmo nas aulas expositivas e impositivas ou não cumpriremos com o que nos caracteriza: educar e ensinar a pensar linguisticassociologicamente, isto é, fazer tudo para que nossos jovens criem asas e raízes. Portanto, a troca de comunicação via satélite é salutar e cabe na escola atual. O aluno envia suas perguntas e respostas usando e aguçando sua curiosidade sobre o tema.
Formar cidadão para o exercício do trabalho de mercado e para ter seu emprego só é possível, hoje, com os recursos eletrônicos. E o professor não pode ter medo de enovar porque o ensino é livre. ( LIBERDADE DE APRENDER, ENSINAR, PESQUISAR E DIVULGAR O PENSAMENTO, A ARTE E O SABER cf art. 206, I  (EC nº19/98). O aluno já será contratado antes mesmo de ganhar liberdade. Porque já é livre para escolher suas habilidades e competências desenvolvidas. Suas aptidões. O aluno que participa de comunidades relacionadas às suas curiosidades tende a respeitar as divergências por meios diplomáticos. Aprender a argumentar. Atacar e defende-se com a leitura e escrita. Redes sociais como Orkut, Facebook faz nascer o desejo de poder dizer algo importante para o amigo. Apesar da linguagem “Blz” no lugar de “Beleza” não tira o “correto” escrever porque o aluno não é bobo para não saber diferenciar as coisas. Rede social como as citadas e, acrescente o Twitter, é uma forma de escrever com concisão. O aluno escolhe bem as palavras porque tem a certeza de que será lido. Aprende, até mesmo pela impossibilidade física, de atacar o argumento e não o argumentador para não cair em falácia. Hoje se ver em nossas escola a proibição do uso do celular justificando, erroneamente, que perturba a “aula do professor” Essa coisa de tradição não é fácil para essa escola incompetente para uma simples flexibilidade.  O professor despreparado tem medo da internet, mas não é, as vezes, sua culpa. Jovens escola, as vezes não são na verdade instruídos. Pois nada é visto no ensino que se referia à vida pratica. Ler-se, muito raro, textos com frases recheadas de chocolate e bem redondinha, palavras e orações salpicadas de Diazepam e de sésamo, que condenam o pensamento. A aula é um tédio. as pessoas e os grupos anelam por uma vida plena e livre, digna do homem, pondo ao próprio serviço tudo quanto o mundo de hoje lhes pode proporcionar em tanta abundância. Os estudantes de hoje querem não apenas ganhar o necessário para viver, mas desenvolver, graças ao trabalho, as próprias qualidades; mais ainda, querem participar na organização da vida económica, social, política e cultural. só o esforço humano pode esperar a verdadeira e plena libertação do género que satisfará todas as aspirações do seu coração.
Se o ensino que ministramos não agradas aos jovens, acabaria, por assim dizer, falando para as cadeiras. E a evasão escolar também se deve a isso e não somente, como querem, a sustentabilidade na ajuda familiar. Motivo também de repetência. Só é possível falamos de ensino de haver aprendizagem mas para haver ensino e aprendizagem deve haver intenção, desejo. A aprendizagem significativa ocorre quando o aluno percebe a relevância do conteúdo a ser estudado para seus objetivos de aprendizagem. A pessoa aprende melhor o que busca quando e adquire por si, pois o conteúdo que decorre da curiosidade do aluno é o mais facilmente assimilado e de maior retenção. Pois a aprendizagem implica uma mudança de organização do “Self”.
Redirecionar o aluno. Que fiquemos claro, professores, nós, aqui não me eximo disso, gostamos de falar demais. Não damos oportunidade para nossos alunos falarem de si, do que pensam, de seus problemas, de suas conquistas, por mais tosca que nos apresentam. E se não ouvimos como os conheces? E porque nós não conhecemos, não sabemos quem são, nesse, caso, concordamos, enfim, que estamos dando aulas para fantasmas ou quem sabe alunos imaginários que só existem em nossa cabeça. E não é que seremos esquizofrênicos. Quem objetaria que não estamos preocupados em dominar o conteúdo de “minha disciplina” que nos encanta a nós mesmo com nossas próprias elaborações e esquecemo-nos de falar para eles. Nas reuniões de mestres ou pais e mestres perdemos nosso tempo em falar de alunos dizendo que ele é assim e assado sem nos preocupamos de falar com ele e para eles. Penso mesmo que se não modificarmos a nossa maneira de trabalharmos enquanto professores, os nossos jovens irão procurar em algum outro lugar fora da escola, que não sai dos muros, sem extensão, o conhecimento de que necessita para uma vida mais digna. Saberes que encontraram em outro lugar, espero, porque não sabemos transmitir e formar.
Então ficamos ouvidos nossa própria voz que leva ao extremo do Narcisismo. Ficamos extasiados com nossas aulas expositivas que nada dizem ao aluno e nem a nós mesmo. E não é que as vezes essas aulas não são chatas para nós mesmo? O professor deve abadonar sua atitude de oniciente de que tudo sabe e o e de onipotente não no sentido de que tudo pode, mas no sentido de ser o dono do saber. Aproximando-se do que é proposto pelos gestaltistas no que diz respeito a teoria do existencial-humanista lenvando a práxis. Afinal de contas ensinar não é senão, aprender.
É preciso saber o que um aluno pensa quando ele faz uma pergunta. Se um aluno me faz uma pergunta sobre algo que ele gostaria de saber e percebo que ele está no caminho da compreensão incentivo a ir em frente. Se percebo que ele está fora de foco e indo para um caminho que nada tem haver com o tema, sem invadi-lo, indico a direção. Sem que seja preciso dizer que ele se equivocou ou mesmo está errado. Mas devo dizer: quem sabe  se formos por aqui não criamos um atalho. Assim, em vez de está destruindo seu conhecimento estou acrescendo e ele continua pensando, elaborando as questões colocadas e outras que ele mesmo formular na minha ausência. Isso é uma capacidade que deve ser desenvolvida. Habilidade ele já adquiriu e com isso ganha autonomia para pensar, para “voar” e para criar um chão seguro.

Escrever é uma das sublimes formas de gravar o pensamento. A partir da leitura de mundo é que se escreve o se pensa. O ato de “pensar” é o eixo da aprendizagem. Muito do que se chama pensar é, apenas, um circulo vicioso, logo, estereotipado, ou então uma dissociação com a tarefa, ou seja, um pensar que não se devem unicamente ao filosofo, ao individual das pessoas, mas principalmente a padrões culturais inculcados pela organização socioeconômica vigente. É nada mais do que um arsenal ideológico para fragmentar e elementarizar o processo de pensamento, retirado da logica formal. Em contraposição, a logica dialética fornece a possibilidade de um pensar espontâneo e criativo não estereotipado, porque não controlado e bloqueado.  Devemos oferecer condições para o aluno pensar e fantasiar com liberdade. Assim se pode fazer segundo o que se pensa e pensar segundo o que se faz, enquanto se faz.
 A linguagem foi demonstrada por Górgias que Helena de Tróia, a pivô da guerra, não teve culpa porque não foi tirada de Agamenon pela violência, mas fora raptada contra sua vontade rendida apenas ao poder das palavras de Paris, seu sedutor. De fato, usando com destreza a linguagem, pode-se de fato produzir modificações físicas em quem escuta ( por exemplo o choro e o rubor de vergonha) e até mesmo manipular a mente do interlocutor, aniquilar a sua vontade e seduzi-lo.
Demócrito afirma que as palavras são estranhas as coisas que representam e são sinais puramente convencionais. Se Demócrito esta certo, é certo também dizer que o som da fala só tem sentido no uso comum com base no critério de utilidade recíproca. Mas ao contrário de Demócrito, Rousseau afirma que a linguagem nasceu sob o estímulo das emoções, não da utilidade social como queria Demócrito. Para resolver todos os problemas da vida pratica bastam os gestos e as ações; é somente para significar o amor e o ódio que as palavras se tornam imprescindível. A primeira linguagem dos homens era, portanto poética, expressiva, ligadas aos estados de ânimo. Depois vieram as gramáticas: ganhou-se em clareza, mas perdeu-se em poesia. Para Hobbes, o mundo do pensamento e da linguagem na sua totalidade pode ser descrito por meios de operações de composição-decomposição de palavras e sinais: dois termos são adicionados em uma afirmação e subtraídos na negação; quanto mais afirmações se adicionam em uma dedução, mas deduções concatenadas entre si formam a demonstração. Raciocinar é, portanto, computar, ou seja, subtrair, somar, calcular. De tudo isso que esses filósofos disseram uma coisa temos certeza: sem uma forma de comunicação não teria surgido uma sociedade.
A escola deve atender as necessidades básicas vitais naturais e essenciais que são, por exemplo, fome, sede e o sono. Que sem elas não é possível falar de vida. A racionalidade extrema não pode deixar a escola cair no erro de não contemplar as necessidades não naturais. Pensar que necessidades tidas como não naturais como: gloria, sucesso e fama é uma satisfação imediata da necessidade natural. Porque esses são naturais da vida seletiva na busca do absoluto. Os homens são racionalistas por natureza, mas a escola não é o homem e nem um sistema natural e por isso deve ser um ecossistema ambiental onde a natureza do mundo natural ali presente concretizem se em seguir o impulso do instinto. Uma escola racional que não sabe conciliar a razão, ideologia, e o instinto, vida, não ensina nada. Não se deve ser escravo da racionalidade colocando sob rígido controle lógico cada momento da existência., mas seguir, quem sabe, o ideal de uma razoabilidade. Racionalizar a razão. Lembro que o autocontrole é prejudicial quando excessivo, posto que vá contra nossa vontade fazendo nos esconder por detrás de uma mascara. Para a vida, a escola deve buscar uma pedagogia do justo meio. O equilíbrio entre o oposto tem tomado conta da natureza humana. A escola, é mais do que tudo, uma socialização, ipse facto. A escola não pode fazer um controle mental com os alunos porque esses, oprimidos, não podem exprimir nada de sublime e de grandioso. É preciso que os alunos tenham habilidades e sejam capazes de se distanciar do cotidiano, exaltando-se, mordendo o freio da escola e arrastando-a seus muros e levando-a aonde ela tem medo de chegar. Somente uma escola inspirada pode ensinar um saber superior e sublime levando os seus aprendizes atingirem a plena dimensão humana. A escola deve ser uma loucura. Como dizia Aristóteles, “nunca houve um grande evento sem que tivesse uma pitada de loucura” – ou o poeta grego que diz que às vezes é bom fazer alguma loucura. E Platão não ficou por menos e disse que “inutilmente bate à porta da poesia quem se mantem sempre senhor de si” a escola do futuro é um bar. Apelidamos Baco de Líber. Não é atoa o apelido, pôs que líber significa Livre.  Que a escola embriague seus alunos levando embora suas ansiedades, sacudindo seus ânimos e eliminando suas melancolias. A escola deve libertar os alunos da escravidão restaurando os, animando os e tornando os mais audazes. E isso não significa a incapacidade de se apaixonar e assumir compromissos diante da vida. Basta ver como meninos e meninas participam dos movimentos jovens carismáticos e evangélicos. Incapazes de entender que as profundas transformações estruturais dos últimos anos redefiniram radicalmente as experiências e identidades de jovens e adolescentes, algumas de nossas instituições, como a escola, estão cada vez mais “pregando no deserto”. E só com bons leitores e escritores a escola teria atingido seu fim.
Finalmente passamos a frente com uma maneira de escrever livre e solta. Deixando fluir a alma do eu no escrito sem se importar com quem vai ler vai entender, mas que depois pode ser rabusca a clareza do texto. O importante de escrever livre é não ficar preso a regras técnicas. E o assunto do texto leva a isso.

9 O PENSAMENTO LIVRE NA ESCRITA
Finalmente demostraremos como se escreve de uma maneira e livre e solta. Deixando fluir a alma do eu no escrito sem que com isso o texto não tenha coerência e coesão. Se importar-se com o entendimento do leitor. A importância de escrever livre não é só porque não fica preso a regras técnicas. Mas porque pede a escrifobia. O pavor de ser ridículo diante a critica do leitor. Os alunos até produzem textos, mas guardam para si o que deveria ser compartilhado. Vejamos.
    • Considerando que os objetivos do PCN para o ensino fundamental, e mais especificamente para o ensino de língua portuguesa, que de acordo com o qual, considera a linguagem como a única forma de conviver bem em sociedade. Podendo, inclusive, esse “bem” viver modificar essa sociedade. Mas que sociedade se quer oferecer como um bem viver? A sociedade que fala e escreve somente o que é permitido no pode e o não pode; o que é bom para isso e ruim para aquilo; isso é correto, mas isso também é errado; o alto monte é pior do que o baixo; o velho vinho é melhor, mas a velhice é pior do que o vinho novo; a Linda Maria é mais feia do que a Mocréia; o que leva ao céu é o mesmo que leva ao inferno. Linguagem aforística tão verdadeira quanto falsa. Essa sociedade que Cria deuses doutrinários e dogmáticos tão reais quanto seus idealizadores. Cria-os a suas imagens e semelhanças para educá-los a si mesmo. Cria deuses não para si, mas para o seu semelhante porque é um deus bom, mas não o quer. Quando essa criação suprema atinge seu objetivo é facilmente posto a venda e o que não falta é encomenda. E logo consegue quem o segue nessa sociedade ideal em que só lucram seus idealizadores. Os idealizados fazem o mundo real dos criadores. Mataram sua natureza humana. Agora, morto é um animal devorado até sua ultima gota de suor. A liberdade do homem é deixar matar sua existência como ser pensante, para viver na morte. Naquilo que é o oposto da vida. O caminho da salvação é um tormento indicado pelo seu guia que nele não anda.  Dá-se um pouco de merenda na tenda de deus pelo amor de deus. Por caridade Jesus morreu na cruz para nos salvar e você deve ajudar o fiel Dele. Não matarás, disse deus. Legislador e juiz onipotente nada pode fazer para ver sua lei cumprida. Ainda bem, o pouco é melhor do que nada. “Nada com deus é muito e muito sem deus é nada.” Isso é o fim da picada.  Não matarás porque sou dono da vida e só eu posso matar. Mato aos pouquinhos.  Coma galinha morta, mas não a mate, disse deus. E o homem vive sem matar seus alimentos que deus lhes deu. Mas essa desobediência necessária é uma loucura. É uma pequena centelha onisciente do homem que ainda lhes resta quando só se desloca em um pequeno espaço com seu pensamento morto.  Sem saber que já não mais vive. Seu pensamento é bloqueado no seu desenvolvimento. Os anjos agem como demônios e foi para isso que foram criados, para serem fabricantes de criados. Cumprem sua função social sem lamentações, pois não sofrem com sofrimento humano e por essa razão é bom. O sadismo é o sentimento exclusivo de deus. Um imperador no coliseu saboreando o corpo do rebelde gladiador sendo rasgado. Um belo espetáculo para um deus de necessidades sádicas. Tudo em nome da verdade. A verdade é o verbo. O verbo, a palavra maldita. Por isso mesmo é bendita. Deveres, obrigações, a todos impostas de baixo para cima e de cima para baixo a torto e a direito, para ontem e para sempre obedecida. Devem-se respeitar os valores convenientes para participar como um cidadão, ou seja, ser gente. Conhecimento que sem os quais não pode efetivar se como um ser existente porque compreender a cidadania a criança compreende. Só não compreende quando repudia injustiças e é punido por isso.  Porque teve uma posição critica do sistema social. Quando pensa que sua critica deveria ser entendida como construtiva e bem fundamentada no seu ingênuo pensar de pureza. Porque não pode usar o idioma escrito para impetrar nos tribunais por faltar-lhe um papel timbrado de um razão social que lhes da acesso.  Não tem permissão. O doutor não é quem faz o papel, mas o que o usa no banheiro. O mais baixo tribunal da ética é o supremo da justiça. Eu tenho direito de ganhar mais porque aumentei seu ganho quando o juiz sentenciou que você tem direito de receber sua parcela de culpa. Já é culpado antes de nascer. O servidor publico togado é servido pelo cidadão quando deveria ser o contrario. Cabe a ele a palavra final. Eu ganho muito de deus e não é justo fazer caridade com presente diz o idealista. Andando a depender o formado que sem nenhum vinculo solidário lhe pede a vida em favor desse grande trabalho que é fazer você entender que não é nada quando deveria ser um simples cidadão. Não foi aceita sua opinião no grupo e tomou uma decisão de ficar calado porque dizem que é o único direito que ele tem. Mesmo assim ama seu país. “sentimento de pertinência ao País”. Tão bem formado saiu o adolescente de sua escola que sua naturalidade não conhece preconceito porque sabe conceituar, mas por isso mesmo sente na pele o que significa ser um homem de nobreza. Não se pode ser demasiadamente bom por causa dos aproveitadores. Tudo valoriza, mas por isso mesmo é desvalorizado, explorado. Não pode contribuir para o meio ambiente porque lhe falta ambiente. Não é um cidadão, mas é perseverante na procura da compreensão, não a si mesmo, mas da inserção social. Por jogar muita bola, sabe que cuida conscientemente de que a saúde estar garantida. Ledo engano, não tem chão que se possa plantar um milho e viver como um verdadeiro homem, com dignidade de homem. A tecnologia foi aprendida e entendeu que há técnica para tudo inclusive a técnica de fazer a natureza mutilada humana. A realidade social em que vive é nua, crua e cruel e só resta dizer um palavrão baixinho. Porque o homem tem mais medo de si mesmo que da morte certa. Ainda bem que procura a maior parte do tempo fazendo o que mais gosta e por sorte pode ter a bola no pé e o titulo de cidadão pode vi pelo talento, mas logo toda linda criança não fica sem pai.  Sociedade que fala certo e errado. Há os que leem, escreve e há quem não sabe falar. Fala para valorizar a língua, mas o silêncio é um saber divino. A submissão é divina conduta da dignidade humana.
    Dignidade é uma sociedade no caos. Sem governo os homens são mais solidários e mais comunitários. Para o homem caos, ele é seu limite seja que conduta tomar. O homem desordenado não valoriza em graus e numero, mas só um instinto generativo de sua justa razão de certo e o incerto. O homem caos é cosmopolita e a terra é de tudo e por tudo isso de todos, mas um caju gostou do nordeste do Brasil e jabuticaba no sudeste e em seu ambiente natural se sente melhor desde que o clima não começa ser lhes desfavorável requer uma rápida mutação ou mudança.  Os que se movimentam são solidários e carregam as castanhas que lhe bem faz e mudam de estação e espaço por solidariedade do desejo de ajudar a viver as diversidades quando lhes deram a oportunidade. Liberdade não são ordem e progresso. Liberdade é poder ser livre para não impor ordem.  Progressista é o homem caos. Sua experiência lhes guia. Uma sociedade em que ninguém é de ninguém, até mesmo na menor família, é mais feliz. As permutas e culturas são bem definidas quando o agrupamento se da por comunhão de sua natureza de aventura em companhia mais suportável. Sem roubo e sem violência porque o homem nada mais é que pensamento livre e sabe naturalmente que é ético e sem necessidade além das naturais de um bom selvagem. O super homem que vive a natureza humana em harmonia com o meio. O homem caos é semelhante aos bárbaros nômades, Que de agirem livremente não entendiam o bloqueio romano organizado numa guerra de impedir o homem de andar. O homem caos é o homem que faz experimento com a própria vida. Não tem medo de encontrar aquilo que é inevitável. Fazemos barreiras nos prendendo nossa própria livre natureza animal de deslocamento. Uma madeira que não deu fruto vira um brilhante papel cravado como epiteto fúnebre. O homem, de tecnologia avançada, pega um papel por ele timbrado e entrega a si mesmo e diz: pronto você já um doutor da vida, fez tudo direitinho, obedeceu às regras do jogo, parabéns, você é um cavalheiro. Castrado o homem aplaude a si mesmo. Há doutor, agradeço primeiro a deus e depois o senhor. E o doutor diz: deus te abençoe meu filho, como deus é bom. Olha foi deus que fez o caju, mas só pode comer se plantar, mas no asfalto não pode, mas deus tem um plano para te e logo no paraíso tu chegarás. Não coma isso e nem aquilo porque faz mal e é pecado mortal. Sem problema porque não posso me aproximar mesmo. É luxuria da gula, da mula sem cabeça. Alias, que malvadeza, a mula não acredita que existe mula sem cabeça. Mas tua saúde e teus filhos são importantes  e por isso vamos garantir que você vai conseguir, com a ajuda de deus, todos seus sonhos ser reais. Mas sonho não é real? Desculpe, para deus tudo é possível viu. Existe milagre. Você não acredita em milagre? É um milagre o filho de deus não aguentar viver no meio dos homens. Três aninhos falando no deserto pediu que o api não o abandonasse. Voltou para a casa do pai sem saber o que é ser um homem de verdade. E disse que veio para a verdade, mas Pilatos é homem de verdade e disse que a verdade é dos homens. Seja homem para saber o é o homem. O homem que tudo fez, fez dois milagres: fazer um filho numa mulher virgem e seu filho andar no nosso meio invisível. Mas só a alguns, que tem o olho aberto e é esperto é que pode vê-lo. Seria um milagre se ele não visse que pode fazer alguém ver um homem andando na rua com sua própria cabeça embaixo do braço. Pois não é um milagre quebrar a lei de deus? O mal do poder. O mal foi a desobediência. A possibilidade de possuir antecede a desobediência. A posse é uma necessidade da ação. Precede a ação. E me deu a vida. Tudo que eu tenho foi deus que me deu. Nada adquirir seu meu esforço, não digo mais isso seu moço porque fui eu quem cavou o poço.
A Linguagem não tem assinatura de censura. É viva e morta, a língua de uma sociedade desordenada não existe dicionário para dá significados as palavras ditas e escritas.  A palavra tem vida própria e independência como palavra. Mas é parte de um todo igual. Fala bem ou fala mal, na língua em que as suas classes se relacionam como ajunto necessário, é uma língua livre porque pode ficar ou sair da frase, mas sua ordem não altera o sentido. A Maria tem muita coisa para fazer no maranhão logo de manhã cedinho. Mudamos os termos aleatoriamente: Cedinho maranhão tem coisa feita no Para-Maria a manhã logo de  muita. Pelo nosso pensamento “correto” dizemos nessa “errada frase” que ela pode ser ordenada assim: o sujeito “Cedinho Maranhão” tem um predicado que diz que ele “tem coisa feita no Para-Maria” pela manhã e logo se ver que se trata de muita coisa. “de muita” tem coisa feita “logo de muita”  logo a frase está correta, pois era exatamente o que estava tentando passar, mas não é uma convenção. Gramatica interna ou adquirida?  Ela não falou de Maria, mas de Cedinho maranhão que talvez ele pensasse que você soubesse de quem ou o que se tratava.  Se a lógica da matemática é de que a mudança da ordem não altera o produto por que na língua isso não acontece? Quando o logico deveria ter sua razão na lógica. A um principio filosófico da linguagem que diz que um sujeito é igual a soma de seus predicados. De acordo com esse pensar, o sujeito 20 é igual a 2 + 5 + 13. Isso porque eu quis atribuir valor porque em vez de 20 = 2 + 3 + 17, logo teria que ser verdadeira aquela verdadeira e essa também que dizemos ser falsa. Mas pela dualidade das coisas só uma é verdadeira. Mas, no entanto: (2) +( 3) +( 17) = 22 – 2 = 20 – 3 = 17- 2 = 15 + 2 + 3 = 20 . Para tornar essa sentença verdadeira ela não pode ser cabal. Mas se cabal, para tornar adequada ao que se quer é preciso ora dá de Cesar o que  é de Cesar e tirar de Cesar o que não é de Cesar. E o que foi já foi, e o que é já não é mais. Mesmo sendo possível chegar pelo mesmo método verdadeiro, ou seja, iguais.  Esse método é o principio de conhecer que é seletivo. E o principio do devir que o que não foi e nem é, pode vir a ser.
    Usar a integração da matemática no ensino de português é possível usando as duas línguas simultâneas. Então dizemos que o sujeito é verdadeiro quando damos valores adjetivos: bom, gostoso, poderoso e o sujeito é falso quando dizemos que o sujeito é falso, covarde, enganador. É só uma questão de verdadeiro e falso.
    Como ficou demonstrado, o texto acima discorre livremente como acontece com nosso pensamento. Portanto, escrever bem é colocar o pensamento assim como ele é. Obedecendo a uma lógica natural da língua falada; na confusão do acúmulo de informações adquirida pela leitura contextualizada com mundo. Mundo que é estudado no rigor das formulações filosóficas. Pois o critério de verdade só quando passado pelo crivo da mente livre.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
   
    Defendemos a premissa de que a escola deve suscitar no aluno que a leitura é sempre uma nova historia e um novo mundo dantes nunca navegados, mas que ao navegá-los, destruiremos ou refazemos um novo mundo com a escrita.
    O estudante deve-se reconhecer como um ponto de equilíbrio entre o senso comum e o filosófico porque enxerga mais longe. E por isso mesmo deve ser crítico quanto o que é ensinado em sua escola a luz da verdade assim como conhecemos.
Se nos detivemos um momento nesta questão talvez possamos perceber como somente aulas expositivas, com professor na frente e os alunos todos sentados, bem ordenados é algo simplesmente enfadonho, chato e sem nenhuma potencia para Fazer nossos jovens desejarem conhecer. O desejo de conhecer é algo que deve ser construído no cotidiano do processo educativo, mas para isso é preciso que tenhamos um mínimo de empatia com os jovens que frequentam nossas aulas. E, queiramos ou não, a maioria deles reage a que isso está acontecendo na televisão e nas revistas quando adquirida que falam sobre personagens e atores televisivos. Ou revisamos nossa praticas cotidiana, mesmo nas aulas expositivas e impositivas ou não cumpriremos com o que nos caracteriza: educar e ensinar a pensar linguisticassociologicamente, isto é, fazer tudo para que nossos jovens criem asas e raízes.


  


SUMMARY






REFERENCIAS.

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PLEINES, Jürgen – Eckardt. Fundação Joaquim Nabuco. [Friedrich Hegel] / trad. Sílvio Rosa Filho - (org.). – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. 132 p.: il. – (Coleção Educadores)
EMILIA AMARAL, Mauro et al. Novas palavras. São Paulo: FTD, 2005.