sábado, 12 de maio de 2012

O nirvana e o átomo

      Há vinte e seis séculos, um homem achava-se sentado sobe uma árvore Bo em Gaya e dizia: "Enquanto não houver adquirido a Sabedoria, permanecerei sentado sob esta árvore". Ele ficou sob a árvore, no vale dos Ganges, durante quarenta e nove dias. Durante suas meditações, ele resolveu os mistério do Bem e do Mal, da Vida e do Tampo. Assim como os ramos da árvore Bo, os seus pensamento se expandiram até abraçar o Cosmos. Assim se tornou o "Iluminado": Buda. 
     Disse ele: "Creio que o mundo nunca deixará de existir. Não terá jamais fim. e o que não tem fim não tem começo. Ninguém criou o mundo. O mundo sempre existiu."
    Se o universo não existiu sempre, uma pergunta se faz necessário - o que havia antes dele - Santo Agostinho ficou intrigado com essa pergunta: " que fazia Deus antes da criação". algumas respostas são razoáveis, porem, a mais interessante é aquela que diz que Deus, antes de iniciar sua obra, construiu o inferno para curiosos imbecis.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O sofista Górgias de Leontino, contra a Verdade, nada existe.

O PROBLEMA: pensamento e linguagem podem resolver a distinção feita por Parmênides entre o ser e o não-ser...

A TESE: as três teses defendida por Géogias estão entre as mais radicais da tradição filosófica:
1 nada existe;
2 se algo existisse não poderia ser pensado.
3 se algo existisse e pudesse ser pensado, não poderia, de qualquer maneira, ser explicado.

" admitindo-se que algo exista, existe somente o que é e o que não é, ou então tanto o que é e o que não é. porém, nem o que é existe, como demostrará, nem o que não é, como nos confirmará, nem, por fim, como também nos explicará, o ser e o não ser juntos. portanto, nada existe."

" e, na verdade, o não-ser não é; porque, supondo que o não-ser seja, ele ao mesmo tempo será e não será; mas, como existe como não existente, por sua vez existirá; ora, é absolutamente absurdo que uma coisa ao mesmo tempo seja e não seja; o não-ser não é. E de resto, admitindo que o não-ser seja, o ser não existirá mais, posto que se trata de coisas contrárias entre si; dessa forma, se do não-ser se afirma o ser, do ser se afirmará o não-ser."

Mas tampouco existe o ser. Porque, se o ser existe, é eterno ou criado, ou é ao mesmo tempo etreno e criado; mas ele não é eterno e nem criado, nem um e nem outro ao mesmo tempo, como demostraremos - Portanto, o ser não existe. Porque, se o ser é eterno, não tem nenhum princípio.


Reportagem suspeita de incompetência

Só existe átomo e vazio

O PROBLEMA: se cada coisa é constituída por uma agregação de átomos, como se explica a diversidade das próprias coisas.

A TESE: para responder essa objeção é suficiente, segundo Demócrito, pensar como as poucas letras que compõem o alfabeto podem, combinando-se entre si, formar um numero infinito de palavras. entre os átomos existem apenas diferenças quantitativas (grandeza, forma goemetrica) e, portanto, a diversidade qualitativa das coisas (aparente) explica-se pelo grande numero de combinações possíveis.

    Opinião é a cor, o doce, o amargo, verdades são os átomos e o vazio, diz Demócrito, considerando que todas as qualidades sensíveis, que se supõe relativa a nós, das quais temos as sensações, decorrem da variada combinação dos átomos, ma que, por natureza, não existe absolutamente branco, preto, amarelo, doce, amargo, azedo...
  Os homens acreditam que o branco e o preto, o doce e o amargo, e todas as qualidades do gênero, são algo de real, quando na verdade só o que existe é o ente e o nada.
   Todos os átomos, sendo corpos minúsculos, não possuem qualidades sensíveis, e o vazio é um espaço em que tais corpúsculos se movimentam para cima e para baixo eternamente ou se entrelaçando de diversas maneiras ou se chocando em tais compostos; e, desta forma, produzem todas as outras maiores agregações e os nossos corpos e as afeições e sensações.
   Supõem, também, que os corpos primeiros são inalteráveis ( alguns dentre os atomistas, mas precisamente os seguidores de Epicuro, porque acreditam que sejam infrangíveis pela sua dureza; outros, os seguidores de Leucipo, porque indivisíveis pela sua pequenez), ou melhor, que tampouco sofrem ( por meio de alguma força externa) as modificações às quais todos os homens (que extrai a sua ciência das sensações) acreditam que eles estão sujeitos.

domingo, 6 de maio de 2012

Pitágoras: o princípio é a música. A música é a harmonia de números


PROBLEMA: Qual é a estrutura do universo? Em que consiste a harmonia, em particular a harmonia musical? O que é um número?
A TESE: enquanto a escola filosófica de Miletoidentificava o arché – a natureza íntima do todo, fundamento e causa de cada coisa – em um elemento físico e Heráclito localizava-o no devir, Pitágoras acreditava que esse fundamento residia no  numero. No entanto, diferentemente dos modernos, com o termo numero ele não indicava um ente abstrato, puro conteúdo da mente, mas um elemento essencial da realidade. Por isso, o numero pitagórico possui também uma dimensão espacial, apresentando-se como um ente intermediário entre aritmética e a geometria.
O numero é o principio ordenador da realidade natural.
Parece que os pitagóricos – que afirmavam que o principio era o numero – pensavam o numero também como matéria ou qualidade acidental e condição das coisas que são.
A unidade é parlimpar, mas não é par nem impar.
Elementos do numero suponham o par e o impar, um pensado como infinito e o outro como finito; consideravam a realidade derivada de ambos (assim, diziam que ela é par e impar). Da unidade pensavam que nascesse o numero e que os números consistissem o mundo todo...
O numero não é um ente abstrato, coincide com a matéria e possui uma dimensão espacial.
Os pitagóricos também pensavam que o numero é de um único modo, vale dizer, matemático, e não o consideravam separado das coisas, mas dizia que as substancias perceptíveis dos números são compostas. De números de fato concebiam todo o céu, mas nãode numero formados por unidades sem grandezas, pois atribuíam grandezas às unidades. Quanto à primeira unidade dotada de grandeza, como ela é composta, parece que eles não sabiam dizer.

A ciência dos números pode explicar cada aspecto da realidade
Os pitagóricos foram os primeiros a dedicar se a ciência matemáticas, fazendo-as progredir. Como encontraram nessas ciências o próprio nutrimento, foram da opinião de que existem e são geradas, e afirmavam que uma determinada propriedade dos números se identificam com a justiça, uma outra com a alma e com o intelecto... e que o mesmo vale, aproximadamente, para cada uma das outras propriedades numéricas.

A música é um exemplo de harmonia matemática entre os sons.

Por todos esses motivos, eles conceberam os elementos dos números como elemento de toda realidade, e o céu inteiro como harmonia e numero. Recolhiam e adaptavam ao seu sistema todas as concordâncias coma as propriedades e partes do céu e com a inteira ordem universal que encontravam nos números e nas harmonias.