terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO E ARTE: um referencial para Santa Luzia do Paruá

Contextualização do Ensino da Arte

Na trajetória da educação, o ensino da arte foi caracterizado de diversos modos. O positivismo e o liberalismo implementaram, no século XIX, uma visão utilitarista, a qual foi substituída, posteriormente, por uma abordagem que cultivava o processo em detrenimento do produto decorrente das idéias escolanovista. Nesse tempo, a disciplina adquiriu varias nomenclaturas, como Desenho Artístico, Desenho Geométrico, desenho livre, dentre outras, tendo sido matéria obrigatória na época do estado novo, intitulada canto Orfeônico.
Seguindo a orientação da UNESCO (2002) para os países em desenvolvimento, a arte assumiu status de prática educativa mediante a LDB de 1961 (Lei 4.024/61), o que influenciou diretamente as escolas vocacionais, os colégios de aplicação e os estabelecidos experimentais de ensino, onde se desenvolveram praticas educativas bastante positivas na disciplina. Surgiram, nessa época, novas concepções e abordagens pedagógicas com nomes de educação Musical, Artes Plásticas, artes ciências e Desenho.
Contudo, a obrigatoriedade da disciplina só foi só foi implementada dez anos mais tarde (Lei 5.692/71), embora a Educação Artística tivesse sido abordada de forma adequada, conforme reconhecem os PCNEM, como mera proposição de atividade artística, muitas vezes desconectadas de um projeto coletivo de educação escolar, sendo que os professores deveriam atender a todas as linguagens artísticas, mesmo aquelas para as quais não formaram, com um sentido de pratica polivalente, descuidando-se de sua capacitação e aprimoramento profissional (BRASIL, P. 151).
O panorama descrito no parágrafo anterior ainda não foi alterado na maioria das escolas brasileiras, com raras, porem, expressivas, exceções. Sem uma consciência clara acerca da arte no currículo escolar, os professores não são capazes de perceber, conceber um quadro um quadro de referencias teórico-metedológicas que favoreça o seu ensino e der garantia de aprendizagem ao aluno (s). Ficam, portanto, à mercê das orientações de diretores e coordenadores de escola que, geralmente, desconhecem os propósitos e os conteúdos do ensino da arte, inclusive porque eles próprios não tiveram uma formação adequada, seja na Educação Básica ou superior.
No novo ensino médio, os conhecimentos de artes referentes a linguagens artísticas, DE SEUS MODOS DE ARTICULAÇÃO FORMAL, das tecnologias, ás técnicas e aos materiais e procedimentos de criação artística e estética por meio do estudo, investigação e prática -, torna-se fundamental conferir ao ensino da arte a possibilidade de propiciar ao educando um nível de competência que o habilite os sistemas sígnicos que constitui a produção, apreciação e a contextualização dos conhecimentos da área.

EDUCAÇÃO E ARTE: um referencial para Santa Luzia do Paruá

Mas o que é mesmo Arte? vamos ver como podemos conhecer arte. De acordo com a pesquisa que fiz, podemos dizer então que as artes ( são muitas?) já foram descritas de maneira diferentes, vigorando, por muito tempo, uma visão elitista que a concebia como algo feito somente pelas mentes e mão privilegiadas de mestres extremamente cultos, com a finalidade de promover a elevação espiritual dos que podiam freqüentar espaços nobres. Quando dirigida ao povo, assumia um ostentação de poder ou o meio de transmissão de lições morais e religiosas.
Contudo, no decorrer do século passado, pensou-se a pensar a arte como “exprimindo ou transmitindo conhecimento humano” (BRONOWSKI, 1983, PG 77) Ee ter a particularidade de envolver um conjunto de idéias elaborada de maneira sensível, imaginativa e estética.
Todas as culturas desenvolveram praticas que podem ser classificada como artísticas, sejam elas visuais, dramática, poética, musica, etc., ou melhor, produziram artefatos, idéias e obras resultante da imaginação do homem, externando a sua capacidade de percepção e reformulação da realidade. Em outras palavras, pode-se dizer que, ao produzir cultura, homens e mulheres interagem com a natureza e seus semelhantes, construindo linguagens que articulam significados e sistemas arbitrários, de representação que variam de acordo com as necessidades e experiências da vida em sociedade.
Conforme preconizam os PCNEM, a “principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de sentido” e o seu objetivo maior é a interação, a comunicação e a expressão. Mediantes as práticas sociais o homem cria linguagem verbais e não- verbal, que se entrecruzam em sistemas visuais, sonoros, audiovisuais, cênico, poético e outros. O conhecimento que se produz na e pela linguagem, por sua vez, cria novos códigos que são partilhado, reestruturados e ressignificando no âmbito da coletividade.
Ao figurar na área de linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as artes assumem um papelidade de utilizar diferentes formas de pensar, criar, agir e conceber a liberdade. Enquanto objeto do conhecimento, a arte permite “aos alunos apropriarem-se de saberes culturais e estéticos inseridos nas praticas de produção e apreciação artísticas, fundamentais para a formação e o desempenho social do cidadão” (BRASIL, 1999, P. 148).
Essa tarefa do setor educacional desenvolvia por meio do ensino de arte, inicia-se na Educação Infantil, prossegue no ensino fundamental e tem continuidade no Ensino médio, por meio do trabalho pedagógico com música, teatro, as artes Visuais e a dança, ampliando-se, nesta ultima etapa da educação básica, para os saberes referentes a outras manifestações artísticas, a exemplo das artes audiovisuais.
Para que essas orientações sejam passiveis de execução nas escolas maranhenses, há de se empreender um esforço em diferentes âmbitos, setores e seguimento da sociedade, com vista à implantação de políticas publicas relativa ao currículo, à formação continuadas dos docentes, à dotação de ambientes e materiais pedagógicos adequados nas escolas, dentre outras frentes de trabalhos. Como parte dessas ações, este documento visa orientar as escolas e os professores quanto à definição das finalidades do ensino da Arte, à seleção dos conteúdos da disciplina, à implementação de projetos didáticos e a forma de avaliação do processo de ensino/aprendizagem.
Entendeu? rsrsrsrs... Mas não basta só fazer arte, vamos contextualizar! no próximo poste.

ARTE E EDUCAÇÃO: um referencial de Arte para Santa Luzia do Paruá

De acordo com a formação continuada de professores promovida pelo estado do maranhão em 2010, as refencias sobre o ensino de arte no Ensino Médio se deu como uma forma de expresão mais sublime, isso porque, nada parece ser arte. O autor do texto assim fez sua considerações:
A inserção de arte na educação escolar brasileira se deu de forma lenta, mas progressiva, tendo alcançado, com a promulgação da lei 9.394/96, a importância que lhe havia sido negada desde quando fora utilizada, pela primeira vez, ainda no período colonial, como instrumento didático da catequese. Considerada pela escola, durante muito tempo, como atividade de pouca relevância formal, passou agora a constar dos conhecimentos obrigatórios da educação básica com a finalidade de promover o desenvolvimento cultural dos alunos (art. 26 § 2°. integrada, nos PCNEM, á área de linguagem, códigos e suas Tecnologias, a Arte compõe o corpus de conhecimentos essenciais ao desenvolvimento do educando, com vista à construção da cidadania plena.
Ao instituir a arte como forma de conhecimento humano a ser produzido e veiculado na educação escolar, a nova configuração do Ensino Médio propõe-se a enfrentar os desafios decorrentes das transformações velozes do mundo contemporâneo, levando em consideração, também, o processo democrático vivenciado nas duas ultima décadas em prol de mudanças no ensino da Arte, protagonizado por professores, estudantes de arte, associações de arte-educadora, instituições culturais e universidades.
Assim, objetivando romper barreiras que a muito impedem a presença salutar da arte na realidade concreta da escola brasileira, as autoridades educacionais estabeleceram parâmetros nacionais inserindo esse conhecimento no currículo da educação Básica, fundamentando-se nos conceitos contemporâneos mais relevantes e na epistemologia da área, nas experiências de professores e artistas, nas pesquisas empreendidas por especialistas, nas praticas informais de arte-educação e, especialmente, na realidade da sala de aula.
Assim, feitas essas considerações, vamos ao próximo poste que falaremos do conhecimento em Arte e suas diversas Linguagens.