Tales identificou a origem do mundo na água, Anaximandro no
infinito, mas Anaxímenes no ar.
Talvez marcando um certo retrocesso em relação à solução
apresentada por Anaximandro, Anaxímenes voltou a identifica o arché a um elemento natural: o ar. É provável
que ele tinha dado a mesma conotação que os gregos dariam, logo em seguida, à
expressão pnêuma, ou seja, o vento
quente e rarefeito, de natureza mais espiritual do que material, que está
presente em cada ser vivo e se exala do corpo com o ultimo suspiro. Mais do que
uma substancia natural, o ar de Anaxímenes é o principio da vida.
O ar como principio
infinito
Anaxímenes, filho de Euristrato, foi amigo de Anaximandro.
Ele também diz que uma, infinita e determinada é a substancia que serve de
substrato. E chama essa substancia de ar.
Todos os elementos
derivam do ar, por transformação.
O ar diferencia-se nas substancias, por rarefação e
condensação. Atenuando-se, torna se fogo; condensando-se, vento; ao crescer a
condensação, transforma-se em água; e depois em terra, pedras e o resto. Ele
também supõe ser eterno o movimento pelo qual se faz a transformação.
O ar, como infinito,
não tem limites.
Diversos são o infinito e o finito quanto ao número ( que é
próprio daquele que admitem a multiplicidades de princípios). Diversos são o
infinito e o finito quanto a grandeza, como afirmam Anaximandro e Anaxímenes,
que admitem, sim, um único elemento, mas infinito quanto a grandeza.