terça-feira, 8 de maio de 2012

Só existe átomo e vazio

O PROBLEMA: se cada coisa é constituída por uma agregação de átomos, como se explica a diversidade das próprias coisas.

A TESE: para responder essa objeção é suficiente, segundo Demócrito, pensar como as poucas letras que compõem o alfabeto podem, combinando-se entre si, formar um numero infinito de palavras. entre os átomos existem apenas diferenças quantitativas (grandeza, forma goemetrica) e, portanto, a diversidade qualitativa das coisas (aparente) explica-se pelo grande numero de combinações possíveis.

    Opinião é a cor, o doce, o amargo, verdades são os átomos e o vazio, diz Demócrito, considerando que todas as qualidades sensíveis, que se supõe relativa a nós, das quais temos as sensações, decorrem da variada combinação dos átomos, ma que, por natureza, não existe absolutamente branco, preto, amarelo, doce, amargo, azedo...
  Os homens acreditam que o branco e o preto, o doce e o amargo, e todas as qualidades do gênero, são algo de real, quando na verdade só o que existe é o ente e o nada.
   Todos os átomos, sendo corpos minúsculos, não possuem qualidades sensíveis, e o vazio é um espaço em que tais corpúsculos se movimentam para cima e para baixo eternamente ou se entrelaçando de diversas maneiras ou se chocando em tais compostos; e, desta forma, produzem todas as outras maiores agregações e os nossos corpos e as afeições e sensações.
   Supõem, também, que os corpos primeiros são inalteráveis ( alguns dentre os atomistas, mas precisamente os seguidores de Epicuro, porque acreditam que sejam infrangíveis pela sua dureza; outros, os seguidores de Leucipo, porque indivisíveis pela sua pequenez), ou melhor, que tampouco sofrem ( por meio de alguma força externa) as modificações às quais todos os homens (que extrai a sua ciência das sensações) acreditam que eles estão sujeitos.

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