quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A vontade Universal e não da maioria


News NeoBrasil
23/01/2012

Santa Luzia Dr. Pau de Dá em Doido

A reporta da News NeoBrasil, a Sra. Santa Luzia  do  Paruá obtém uma entrevista com o Dr. Pau de Da em Doido sobre a atual conjuntura política e os valores sociais.
Veja um trecho da entrevista.

Santa Luzia–Dr. O Senhor...

Dr. Pau de Dá em Doido – Pau de Dá em Doido, por favor, meu nome completo!

Santa Luzia – Ah! Perdoe-me!O Senhor Pau de Dá em Doido permita-me então, começando minha entrevista eu começo perguntando se a vontade universal não é a mesma vontade que da maioria?

Dr. Pau de Dá em Doido - Não, não é. Muito confundido com voto por maioria absoluta no sistema que assim empregam determinados acórdãos assembléticos. É o que acontece em pequenas cidades como Santa Luzia do Paruá com pouco mais ou menos de 20 milhabitantes que não admite returno ou segundo turno nas eleições o candidato mais votado leva o poder, mas não foi a vontade universal e nem da maioria. Ver que, por hipótese, - considerando que só temos tres candidatos: Brito, Eunice e Plácido - o candidato A, de nove mil votos válidos, ele foi eleito com 3.001 mil e um votos, enquanto que o candidato B, com 2999 votos, e o C,com 3000 mil votos, juntos B e C somam 5999 votos, perderam. Não foi o candidato A, eleito por vontade geral e nem por maioria. E o caso fica mais evidente quando os três juntos literalmente empatam e para parar por aqui o mais velho dentre os três assume como primeiro critério de desempate.

Santa Luzia - A vontade universal, que depois gostaria de entender melhor, deve ultrapassar a vontade individual, ou seja, a sua, a minha vontade em particular?

Dr. Pau de Dá em Doido - O que temos para atender a vontade universal? O que podemos ver é quea sociedade luziense fez da oposição uma necessidade da instituição da sua sociedade. Esta necessidade criou possibilidade de que“é assim que tem que ser” porque houve uma adequação para a concordância desses interesses. Mas essa “adequação” deixou de fora alguns interesses posteriores que prever a possibilidade de ter seus interesses sonhados serem realizados na próxima eleição. É um ciclo vicioso. Daí só resta à vontade universaladministrar as obrigações da Prefeitura.

Santa Luzia – OSenhor poderia falar uma linguagem mais adequada para meu leitor?

Dr. Pau de Dá em Doido – Que que há!Para seu leitor ou seu analfabeto? Quem não sabe ler só escuta. Que assista tv, comentário na taboca ou vai ouvi o que estão falando no Salão Chaves ou, se preferir, vai ver se estou na esquina! Aqui não tem leitor mesmo. E os que dizem saber ler não compreendem essa linguagem que se dane sua ignorância!

Santa Luzia–Tudo bem! Então, isso de que falou é o bem comum?

Dr. Pau de Dá em Doido - Exato, mas veja que o bem comum não pode ser estabelecido apenas e unicamente pela soma estatística ou aritmética das opiniões individuais como nesse caso o voto. Verdade é que tanto egoísmo somado não obtêm em absoluto Altruísmo e consciência civilizada. Eu sempre, nesses casos, procuro lembrar Heráclito que dizia que a opinião de um homem vale 10 mil se for o melhor.

Santa Luzia -Qual a sua sugestão então?

Dr. Pau de Dá em Doido - Como estamos falando de vontade universal, a minha vontade também leva em conta e, se assim for, o meu entendimento, bem flexível, é obtidoà adesão livre de cada cidadão livre. Exemplo é dado pelas boas constituições a livre associação sindical. Podendo entrar e sair posto que é livre para isso e essa liberdade não fere a liberdade de ninguém. Uma sociedade livre tem uma Prefeitura laica.Como o objetivo da vontade universal é amar o bem comum, mas tudo isso requer uma mudança da natureza humana ou quem sabe, mesmo antropológica, e retornar, mesmo que em parte, a sua primitiva natureza livre. Porque um amar um bem comum é amar a liberdade que o homem perdeu e hoje tem medo de retomá-la. Essa liberdade só é possível hoje, se muito, amenizar suas dores com as regras sociais interiorizadas, vividas como um dever ético, e não como uma obrigação imposta pela convivência. Quando alguém fala de algo é porque tem em demasia ou sente a falta. Mas a liberdade, enquanto principio, é um bem irrenunciável, a ser defendido inclusive com a força. Essa palavra foi e sempre será, desde que não alcançada em sua plenitude, a Keystone e o Keyhole das grandes revoluções. Já que vivemos em sociedade por necessidade, o luziense deve abandonar o individualismo e transformar-se em um ser coletivado, capaz de pensar nos outros não como máquina, mas como termo.

Santa Luzia - O que há de comum em todas as sociedades? Como um indivíduo renuncia a sua individualidade?

Dr. Pau de Dá em Doido - O vinculo social que é formado pelos diferentes interesses que tem em comum um ponto qualquer. Tipo: “fica na tua que eu fico na minha”. “teu direito termina quando começa o meu”. É de ver que se não houvesse um ponto qualquer em torno do qual todos os interesses pudessem concordar, nenhuma sociedade poderia existir. Então? Não é mesmo com base nesse interesse comum que a sociedade deve ser governada?

Santa Luzia - Então, a soberania tem legitimidade onde?

Dr. Pau de Dá em Doido - Em si mesmo. Digo que a Prefeitura sendo o exercício da vontade universal, não pode ser demente, e o prefeito, não sendo mais que um sujeito coletivo, só pode ser representado por si mesmo porque o poder do prefeito pode ser transmitido, mas não a vontade.

Santa Luzia - Parece-me que você quer dizer com isso que o prefeito pode seguir o conselho de seus conselheiros, mas não pode dominar as escolhas comuns a umbel-prazer particular?

Dr. Pau de Dá em Doido–Claro! Você não concorda?Não é de se ver que o prefeito pode muito bem dizer: eu quero o mesmo que o Zé Moleza quer. Mas não pode dizer que quer aquilo que o Zé Moleza quer amanhã porque a vontade não pode impor vínculos para o futuro, demais, não depende de alguma vontade permitir algo contrário ao bem do ser que quer.

Santa Luzia - Então o exercício da vontade universal inclui o dissenso individual: ao submisso compete apenas a obediência?

Dr. Pau de Dá em Doido - Se o povo promete sim. É um contrato, mas esse ato se dissolve, ou seja: perde a própria qualidade de povo, tão logo exista um dono, não existe mais prefeito, e daí em diante o sistema político é destruído.

Santa Luzia - Você publicou em seu blog e compartilhou no Twitter, no Orkut, Facebook e até na sua pagina do G+ que a vontade para ser verdadeiramente universal a vontade comum deve expressar de modo unitário, por meios de instituições únicas e indivisíveis. Você poderia falar um pouco disso para nossos leitores? Por favor?

Dr. Pau de Dá em Doido – Claro. Veja que eu e você firmamos um contrato para essa entrevista. Qual o seu interesse? Alertar o povo, mas que povo? Seja qual for o interesse um maior que todos, o de ganhar sustento. Se esse sustento vier trazendo na bagagem fama, sucesso e prestigio é um ganho considerável. E eu, o que ganho com isso, ou melhor, qual meu interesse? Estou interessado na liberdade e para não quebrar o acordo entre nós dois anteriormente firmados, em razão da própria liberdade eu deixarei uma cópia danossa conversa na xerografia da Senhora Marinete na Rua da união logo depois do fórum como sendo a única autorizada a fazer cópias. Veja que isso se dá pela mesma razão que a prefeitura é alienável, mas somente o prefeito(este vai, a ideia fica) a vontade geral é indivisível. Logo, ou a vontade é universal ou não é. Vontade geral não conhece exceção. Porque a vontade geral é o corpo do povo, ou somente uma parte do corpo. Quando a vontade do corpo é a vontade geral declarada, a Prefeitura é soberana e esse ato constitui lei. Já no caso de uma parte do corpo não passa de uma vontade particular ou um ato da magistratura e, nesse caso, um decreto.

Santa Luzia - Mas a vontade geral é o mesmo que opinião publica e portanto falsa como as opiniões pessoais?

Dr. Pau de Dá em Doido - É diferente,pois a vontade geral é sempre reta e tende sempre à utilidade pública; mas disso não resulta que as mesas-redondas daaldeia tenham a mesma justiça. Sempre se quer o próprio bem, mas nem sempre o vemos; não se corrompe nunca avila, mas muitas vezes a enganamos, e é somente nesse caso que ele parece querer o que é mal.

Santa Luzia - A vontade universal pode mesmo ser diferente da soma das opiniões individuais?

Dr. Pau de Dá em Doido - Há muitas vezes grande diferença entre a vontade de todos e a vontade universal. A vontade universal tem como alvo somente o interesse comum; a vontade de todos tem como alvo o interesse privado de um grupo restrito que é a soma de interesses restritos. Daí que se retirar em maior o menor grau as vontades desse grupo elas se anulam reciprocamente, restando, como soma das diferenças a vontade universal.

Santa Luzia - Você diz também que entre o individuo e a prefeitura existe um complexo mundo de associações a impor interesses e preferencias. Confirma isso?

Dr. Pau de Dá em Doido - Com certeza! Quando o povo suficientemente informado decide, se os cidadãos não tivessem nenhuma comunicação entre si, das múltiplas e pequenas diferenças resulta sempre a vontade universal, e a decisão é sempre adequada. Mas quando existemconspirações, associações, parciais a expensas da grande associação, a vontade de uma dessas associações se torna universal em relação aos seus membros e particular em relação à Prefeitura.

Santa Luzia - O que acontece se uma desse grupo toma o poder?

Dr. Pau de Dá em Doido - Pode –se dizer que não há tanto eleitor quanto o numero de quem está habilitado a votar, mas somente quanto são os sindicatos.As diferenças tornam-se menos numerosas, produzindo um resultado menos geral. Enfim, quando uma dessas associações é tão grande a ponto de sobrepujar todas as outras, o resultado obtido não é mais a soma de pequenas diferenças, mas uma diferença única; então não existe mais vontade universal, e a opinião que se impõe não é senão uma vontade particular. Então, nesse caso, a sociedade torna-se ditatorial.

Santa Luzia - Como é possível evitar o perigo da tirania?

Dr. Pau de Dá em Doido - Para que se tenha a verdadeira demonstração da vontade universal, é preciso que não exista na Prefeitura qualquer sociedade parcial e que cada cidadão pense com a própria cabeça. Repercutiria em nível nacional se o Professor Brito fosse o eleito. primeiro porque um povo teria mostrado que política não é a de Maquiavel, mas do povo inteligente, santa luzia do Paruá não deve ser mesquinha. que faz a politica é o povo e não os candidatos. é o povo que deve ditar as regras. segundo porque é o mais preparado, mais capaz de dá autoestima para esse povo e consequentemente a felicidade geral. terceiro porque os antigos candidatos aprenderia respeitar o povo e, rever suas ações políticas.

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