segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Educação comteporânea e a sociedade.

A Educação tem uma dimensão claramente social de aprender com a experiência dos outros, de saber conviver com as diferenças, de contribuir para melhorar a sociedade em que nos encontramos? Deveria. Essa deveria ser a meta da Educação. E é. Mas e o educar para a vida, para viver, para o cotidiano no sentido mais positivo do termo: a educação ensina o homem a ser Homem? O que interessa é o lado prático, positivismo, real, útil, certo, preciso, relativo e simpático. Como ocorre em “ordem e progresso” da nossa bandeira. - Mas essa ordem deve ser o pensamento do homem que progride para o respeito das diversidades ambientais - Não é sinônimo de progresso um chão coberto de asfalto e, se não é progresso, é desordem. Caos. - Acrescente se a isso o prazer de viver hedonismo, reprimidos pela religião do medo de viver o homem é monstro de si mesmo e a educação nada faz para mudar isso. E, por falar em religião, o cristianismo se define como comunitária necessária à sociedade, mas seu fundador disse que “não penseis que vim para trazer paz a terra; não vim para trazer paz, mas espada. Porque vim para que o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e serão inimigos do homem, os de sua casa.” (Mt. 10; 34,35,36 ) com a loucura de mensagem como essa é que é construída e instruída a sociedade cristã. E continua “o que achar sua vida, perdê-la-á; e o que perder sua vida por causa de Mim, achá-la-á.” (Mt. 10; 39). Que a morte tem sua natureza infinita seja lá qual for é fato. Nada mais podemos saber que não seja assim. Mas troca-se a única vida possível por uma além tumulo incerta com certeza. Mas a religião reclama pela detenção da verdade de sua fé simples: “os mortos ressuscitam?” Não mais. E poeta D. Pedro Casaldáliga definiu bem em seus versos a simplicidade da fé:
“(Deus não é simplesmente Beleza) [...]
(Deus não é simplesmente Justiça) [...]
(Deus não é simplesmente a Alegria) [...]
(Deus não é simplesmente Verdade) [...]
Deus é Deus simplesmente.”
Porem, agora, essa simplicidade faz um apelo à razão para manter se em pé. Diante do avanço do pensamento lúcido humano a igreja ver seus dogmas desacreditados e não mais sabe o que fazer e só lhes resta uma saída: pedi socorro para a razão. O já falecido papa João Paulo II em sua Encíclica (Fides et Ratio) tenta essa conciliação entre fé e razão “A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de O conhecer a Ele, para que, conhecendo-O e amando-O, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio (cf. Ex 33, 18; Sal 2726, 8-9; 6362, 2-3; Jo 14, 8; 1 Jo 3, 2)”. Mas acontece é que “os mortos ressuscitam” não é nem de longe uma verdade que possa ser ensinada em nossas escolas. Devemos mesmo nos iludimos ou vivermos como homens de verdades? O homem é filosofo seja pequeno ou grande e Karol Wojtyla em sua Encíclica Fides et Ratio diz que “Variados são os recursos que o homem possui para progredir no conhecimento da verdade, tornando assim cada vez mais humana a sua existência. De entre eles sobressai a filosofia, cujo contributo específico é colocar a questão do sentido da vida e esboçar a resposta...”. Grifo meu. Então o caminho não é só um Jesus Cristo. Joseph Ratzinger o atual papa Bento XVI a igreja nem mesmo usa os argumentos contra a razão do “bom selvagem” de Rousseau em que os costumes naturais deixam ver mais claramente o caráter dos seres humanos. Que a razão não é sinônima de virtude. Falando do problema da racionalidade da fé eu um debate publico – que deu tema ao livro Deus Existe? - com o filosofo Paolo Flores d’Arcais no Teatro Quirino de Roma disse que “ É verdade que Paulo, por um lado, reconhece a evidencia do Deus único, mas tem certeza, como eu também tenho, de que não se pode demonstrar racionalmente a divindade de cristo e, portanto, a sua ressurreição.” Para o cristianismo o monoteísmo não é interessante. Paulo utiliza uma expressão que devemos toma-la ao pé da letra: a “loucura” da cruz. Muitos filósofos, como Epicuro, também acreditavam em um único Deus, muito embora não se tratar um deus da religião com características humanas. Um Motor imóvel, um Ente necessário, um Causa sui... mas Paulo caracterizou o cristianismo repetindo enfaticamente: que não se trata simplesmente ter fé em um único deus, mas tem que ter a fé em Jesus Cristo morto e “ressuscitado”. A loucura é maior quando, oportuno, mostrarei, não sei se possível nesse trabalho, que Cristo nunca existiu e nem existirá. Porque para um romancista ficcionista de epopeia fica fácil atribuir qualidades ao personagem herói quando já foi definido quase todo erredo da narração e seu nome: “... foi ele quem carregou nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores. E nós o consideramos como alguém fulminado, castigado por Deus e humilhado. Mas ele foi transpassado por causa de nossas rebeldias esmagado por causa de nossos crimes, caiu sobre ele o castigo que nos salva e suas feridas nos curaram. (...) foi eliminado por um julgamento violento e quem se preocupa com sua sorte?” (Is 53, 4-5.8)

“Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?” (Sm 22 e mt 27, 46)



O progresso não pode ser no sentido de construir bens de consumo. O progresso tem que ser humano. Estagnado, o homem transforma o meio ambiente na ilusão de ter progredido. Transforma a matéria artificializada, mas não o espirito natural.
Hedonismo? Adesão a “cultura do imediato”? Por que não? Jovens e adolescentes estão muito comprometidos com a palavra de ordem “sem medo de ser feliz” do que velhos personagens de nossa esquerda.
Na pratica escolar, ninguém ouve um jovem argumentar que a preservação da natureza primitiva é desnecessária. Parece que carrega o gene da nostalgia. Imagine voltar no tempo e ver quantos seres viviam naquele ecossistema que hoje cedeu lugar a um “magnifico” prédio para um conforto humano. Espaço conquistado por nós de forma arbitraria e unilateral. Um único nicho no lugar de tantos, abriga uma só espécie. Mas progredimos porque transformamos um habitar natural por um artificial e aplaudimos a nós mesmos pela a grande obra. Estudamos o ecossistema na nossa escola retirando o de seu habitar natural para o laboratório da teoria escolar. Mas, quando é possível chegar a isso, a escola já teria atingindo um grau de elevação. Então dizem que acabou a repetência porque os alunos passaram de ano, mas nada sabem sobre a vida. Sabe porque o pinto sai do ovo, mas não sabe que saiu também de um ovo. O ovo explode “Little-Bang”, assim aparece o mistério da vida simplesmente, mas o Homem de palavra magica fez tudo com um “Haja!”; nasceu a linguagem, mas não criou a si mesmo com “Haja!”. O Big-Bang não se ensina. Mas o “Haja!” só é possível quando o peito explode. A evolução, tão notória, tornou-se uma catarata ocular pelo véu da fé em que um Super-Homem, aproximadamente dez mil anos atrás, tocou sua vara mágica e tudo foi feito do jeito que é ainda hoje e, sempre será até que decida destruir aquilo que, sem labor, era bom e, por isso aplaudiu-se em sua solidão, tornou-se mal. Mas, mesmo assim, muito embora regrediu, de bom evoluiu para o mal, não é evolução. Ciente do que fazia, utilizou a natureza para fazer a si mesmo. Nasceu a Arte Plástica.

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